Boa noite galera! Estamos aqui mais uma vez, e vamos falar sobre uma viagem que fiz com o pessoal da escola, e também minhas impressões sobre o MAN D08, motor que equipa o rodoviário VW 17.230OD.
Foi uma semana de incertezas. Segundo o professor, não haviam mais vagas na viagem a Ouro Preto e Mariana. Na quinta fui em direção ao professor, e ele me disse “tem mais duas vagas, mas você vai ter de ir com os ‘meninos’ da noite”. Eu respondi: “to nem ai, quero é ir”. Fiquei feliz – por que iria rever meus amigos da noite (já que estudava de manhã) – e surpreso com essa reviravolta, já que nem na minha previsão mais otimista imaginava ocorrer isso. Confirmei minha inscrição e fui pra casa, sabendo que teria de planejar tudo rapidamente. Fiz todos os preparativos, e na manhã seguinte acordei e fui. Como de praxe, fui pra escola de Torino Volks. Eu estava esperando ser algum Saritur, já que o professor disse “fechei com Turilessa”, porem ao chegar à escola, tive a primeira surpresa: era Irmãos Lessa. Depois um amigo chegou, e ficamos conversando. Na hora do embarque, fui pro ônibus dele, o ônibus de número 5, que era um
Viaggio G6 1050 OF1722M da Irmãos Lessa, carro 3100, já que segundo o professor, eu teria que “ir com os ‘meninos’ da noite”. Mas eu pensei ser o 2º ano da noite. Quando eu ia fazer a conferência do documento, uma amiga me grita: “você é do ônibus 6”. Então me dirigi ao tal ônibus 6, que era um Campione 3.25 Volkswagen 17.230OD Euro 5, equipado com o ainda desconhecido, pra mim,
motor MAN D08, carro 3300. Fiz a conferência do documento, e adentrei ao ônibus. No primeiro olhar pro salão, a segunda surpresa do dia: eu estava no ônibus do 3º ano da noite! Não conhecia e não conversava com ninguém no ônibus, a não ser com o professor responsável pelo ônibus. Mas mesmo assim, entrei e escolhi minha poltrona, 29. Depois duas meninas, queriam que eu desse meu lugar a elas, já que a poltrona 30 estava vaga. Recusei enfaticamente (já que teria que ir para as poltronas da frente, e eu DETESTO ficar por lá) e fui em direção a porta. Lá fiquei, e depois saí de perto do ônibus. Logo que entrei e entrei novamente – dessa vez em definitivo – e na entrada para meu assento estava de pé uma moça. Então pedi licença a ela, para que eu me sentasse em meu lugar, e ela disse “mas não tem só um único banco”. Eu disse: “não tem”. E ela perguntou: “então você vai dividir o lugar comigo?”. Eu só disse que sim, e me assentei. Então o motor foi ligado, e o ônibus deixou a porta da escola. Foi dada a largada naquela viagem que seria épica.
 |
Carro da Irmãos Lessa que viajei para Ouro Preto. Foto: Giangiulio Cocco/Ônibus Brasil |
Logo no início, percebi que o barulho era parecido com o do OF1722M. Coloquei uma (boa) musica e passei aquela primeira meia-hora mexendo no facebook, conversando no whatsapp com a galera (inclusive com aquele meu amigo que estava no outro ônibus), também postei uma foto no instagram. Já na BR356, resolvi então deixar meu celular em modo avião e contemplar a paisagem. Comecei então a conversar com a galera, enquanto o ônibus seguia suave pela rodovia. O motorista pode andar bem até um pouco antes de Cachoeira do Campo, onde uma breve retenção acabou atrasando o ônibus um pouco. E assim fomos seguindo, com o 17230OD se mostrando um chassi eficiente. O motorista resolveu experimentar velocidades mais altas, e ai uma moça disse “vai com calma motorista, não quero morrer não”, eu respondi-a “mas na pressão que é bom”, ai aquela moça que no início estava de pé, obstruindo a chegada a meu assento concordou comigo. Com isso tudo, resolvi reverter a inclinação do meu assento. Puxei a alavanca e nada, puxei novamente a alavanca e nada, só depois descobri que para reverter a inclinação para o estado normal, era necessário puxar a alavanca e empurrar o assento. E não era só meu assento, todos os assentos do lado da janela era necessário este esforço para fazer a operação que nos assentos do lado do corredor, era como num ônibus comum: só puxar a alavanca. Apesar disso, nada tira a sensação de conforto das poltronas Comil, já que mesmo aquele carro tendo 49 lugares, eu não me senti desconfortável em nenhum momento, ao contrário das poltronas Marcopolo, que fez eu me sentir desconfortável num G7 1050, também de 49 lugares. Na chegada a Mariana, enfrentamos duas retenções por causa de obras de recapeamento na Rodovia do Contorno de Ouro Preto. Isso atrasou um pouco a nossa viagem em aproximadamente 15 minutos, o resto foi por causa do trânsito (já que gastamos 2h30 de BH até o Terminal Turístico de Mariana, dava pra ter feito esse trajeto em duas horas). Depois de toda a retenção, começava o verdadeiro teste de estabilidade do chassi e da suspensão: o perímetro urbano de Mariana.
 |
Outra foto dele, dessa vez de traseira. Foto: Moisés Magno/Ônibus Brasil |
Composto por um trecho de asfalto e boa parte ainda de calçamento (o que não pode ser mudado, já que Mariana é tombada pelo patrimônio histórico), era um desafio a qualquer ônibus que ousasse entrar na cidade. O maior deles, uma rampa bem inclinada quase na chegada ao Centro. Até que o Campione 3.25 passou bem pela rampa. Chegamos então ao Terminal Turístico, onde alguns carros da nossa escola estavam lá parados. O único que não era da Irmãos Lessa era um Viaggio G7 1050 O500RS da Novo Horizonte, de Muriaé, porem ele acabou saindo de lá, então descemos e fomos visitar a parte em exposição aberta da câmara municipal e depois eu e um amigo conversamos com alguns estudantes locais. Tivemos que ser chamados pelo professor pra ir embora, e iniciava-se ali a parte 2 da viagem, e também a mais aguardada por mim, e pelos demais (do meu e dos demais ônibus): Ouro Preto, onde iríamos almoçar e passar a tarde. O ônibus foi submetido novamente ao teste do viário de Mariana, e depois voltamos para a Rodovia do Contorno. Com a galera mais quieta, o som do 17230OD E5 pode ser mais audível, esclarecendo ali que aquele motor era mesmo a versão da MAN do conhecidíssimo 1722. Numa das tantas subidas da BR356, ele subiu quase chorando, mostrando que com a nova mecânica (MAN D08,
ao invés do antigo MWM 6.12TCAE), o VW tinha ficado ruim de subida. Mas tão ruim que alem de segurar todo o tráfego, aquele carro que tentei embarcar no início, ficou de marcação pra ultrapassar e desenvolver, só não o fez por que naquele trecho era proibido ultrapassar. Mas a cara do motorista era de que ele estava com vontade de fazer aquilo. Felizmente deixamos o contorno pra trás e chegamos a Ouro Preto. No retorno a BH, o ônibus se desempenhou muito bem, desenvolveu velocidades altas, mas tão altas que deixou para trás 2 carros que saíram bem antes da gente: um Ideale 1722 da Urbana Turismo e outro El Buss 320 1722, da Irmãos Lessa (outro fretado pra escola), apagando a má impressão que ficou durante o trecho Mariana-Ouro Preto. Na serra de Itabirito, ele subiu da mesma forma que no contorno, mas era justificável: estava chovendo horrores na serra, ai não dava pra correr muito com o ônibus. O restante do retorno foi tranqüilo, marcado por muita zoeira com o pessoal, e com uma leveza que tive em poucos finais de viagem.
Eu agradeço muito a todos vocês que leram as minhas publicações anteriores, estou tendo um bom retorno sobre minhas postagens, o apoio de vocês é fundamental! Muito obrigado, boa noite e até a próxima!
Comentários
Postar um comentário