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Algumas atualidades: Transpúblico e fim da São Geraldo

Olá amigos! Esta noite nós batemos a marca de 3 mil views no blog, agradecemos a todos os que visitaram, leram os textos meus e dos editores convidados que por aqui passaram, e que venham os 5k, 6k, 10k e por aí vai. Para hoje pela primeira vez estou fazendo um texto falando apenas de fatos que ocorreram nas ultimas semanas. Abordarei aqui sobre a Transpúblico, sobre o fim da São Geraldo e sobre uma volta que dei num El Buss 320 Volvo B58E. Boa leitura a todos!!!

  • Invictus, G7 1350 e Transpublico

Bom, no início de Setembro ocorreu em São Paulo a Transpublico, feira para empresários, técnicos e engenheiros em transporte, imprensa especializada (onde acho que este blog se encaixa) e entusiastas/busologos/admiradores/o raio que o parta, e 2 lançamentos em especial chamaram bastante atenção: o Comil Campione Invictus, que mesmo tendo fotos e materiais de divulgação vazados pela imprensa (e disseminado entre os entusiastas quase instantaneamente) quase 1 semana antes do próprio lançamento na Transpublico, chamou muita atenção dos empresários e demais públicos presentes na feira.
Frente do Invictus. Foto: Jorge Thadeu Pacheco Ferreira/Ônibus Brasil
 O veículo adota um design arrojado e inovador, acompanhando as tendências de mercado (e advinhe, sendo chamado de cópia do G7 pelos fanboys da Marcopolo), como a corcunda iniciada na frente e encerrada lá pelo meio do carro, e ao mesmo tempo resgatando detalhes de versões anteriores da própria linha Campione, como a coluna fina entre a 1ª janela e os vidros da cabine, e o desenho da 1 janela com uma leve queda, ambos vindos do Campione II (antecessores da linha X/L). A primeira empresa que operará comercialmente o Invictus é a Novo Horizonte, da Bahia, que já opera várias carrocerias da Comil. Ela também estará de pintura nova, substituindo a atual, que tá aí desde que me conheço por gente.
Traseira do Invictus. Foto: Jorge Thadeu Pacheco Ferreira/Ônibus Brasil
Outro lançamento é o G7 1350, que já havia sido lançado em 2012 no México. Quando foi lançada a linha G7 (ainda em 2009), a Marcopolo ainda não havia desenvolvido/estava em desenvolvimento a versão de 3,8 metros, mas ele (juntamente com LD e DD) ainda podia ser pedido na linha G6 até 2011, quando foram lançados os G7 LD e DD. Empresas como União e Andorinha, compradoras assíduas do G6 1350, foram obrigadas a apelar pro G7 LD. Só  em 2015 a Marcopolo preenche essa lacuna, fechando a linha G7 6 anos depois de seu lançamento.
Primeiro G7 1350 fabricado para uma empresa. Foto: Jovani Cecchin/Ônibus Brasil
O design não tem muito o que ser comentado, pois é o que tá nas rodoviárias desde 2009.  A feira teve muito mais coisas, como o Solar 3400 e os UDAs prateados de São Paulo, mas sobre esses também não há muito o que falar.
Porém infelizmente há aqueles que vão apenas pra fazer bagunça e mancham a busologia, como um grupo que ficou brincando de trocar letreiros até a bateria de um dos UDAs acabar, um aí que foi expulso da feira por briga, outro que teve a pachorra de dizer na frente do representante da Comil que o Invictus era a cópia do G7, aqueles que xingaram as modelos presentes nos stands, e os que pediram pra renomados empresários paulistas para sair da frente pra fotografar. E o pior ainda vem por aí: um deles teve a coragem de fazer suas necessidades fisiológicas no G7 1350 e segundo boatos, um ejaculou no Invictus! A feira é uma coisa seríssima pra alguns zé ruela tratar desta forma.

Solar 3400. Foto: Felipe Alves/Ônibus Brasil
  •  Enquanto isso, em Belo Horizonte...
Enquanto em São Paulo acontecia a Transpublico, aqui em BH ocorreu uma mostra de profissões de uma universidade, e a minha escola foi convidada. O ônibus da minha turma foi um Busscar El Buss 320 Volvo B58 da Anna Clara Turismo. O carro chamou minha atenção por estar bem conservado, diferente de outros com a mesma idade, que estão detonados ou surrados.
Carro da Anna Clara a qual fui na excursão. Foto minha, desculpem a qualidade, foi bem corrida.
Quando entrei, tive uma grata surpresa: ele estava inteiramente original por dentro: o forro do teto, as luminárias, o assoalho, os bancos, os cinzeiros estavam limpos, aquele forro da poltrona era original também, o bagageiro interno e as indicações de poltrona, as cortinas, e ele ainda conserva o prefixo antigo na tampa do itinerário (que também é originalmente bipartido), indicando que ele foi o 9770 da Saritur. Quando o motor funcionou pude ouvir o som do B58 por alguns poucos kms, pois logo chegamos a universidade. A volta foi mais rápida, mas só de ter andado um pouco eu gostei demais dele. Queria ter andado mais, mas o que andei já ficou bom.
Detalhe do carro que citei. Novamente desculpem a qualidade, foto de celular
  • Processo de incorporação da São Geraldo
Eu já havia finalizado o texto na semana passada, mas tive que fazer essa parte: Mais uma vez uma resolução da ANTT faz parte do blog (e não será a última), dessa vez é a resolução 4845, publicada anteontem (16 de Setembro de 2015) no Diário Oficial da União, que se trata da anuência para o início do processo de incorporação da Companhia São Geraldo de Viação, ou apenas São Geraldo. Outra vez tem sido propagados alguns equívocos a respeito, e de novo vamos desmentir aqui: a São Geraldo não faliu, é "apenas" o processo de incorporação dela.
Carro da São Geraldo chegando a Belo Horizonte. Foto minha.
O processo também não vai começar amanhã, pois a resolução se trata apenas da autorização para a Gontijo fazer o que bem entender da empresa, e embora fontes na empresa dizem que isso será feito de forma rápida e que desde Janeiro deste ano já se esperava que esta resolução saísse, ainda veremos a São Geraldo firme e forte nas estradas por no mínimo mais 3 meses, pois a frota, a estrutura e o material humano são de grandes proporções.
Dois carros da São Geraldo e um da Gontijo parados no Euronav de Camanducaia. Foto minha.
 Lembrando que no ato da compra, uma das cláusulas do contrato previa que durante 10 anos após a aquisição ser efetivamente concretizada - o que ocorreu no ano de 2004 - a Gontijo deveria manter o layout e a marca São Geraldo, e no ano passado estes 10 anos expiraram. Apesar de dolorido para vários entusiastas, esse é o mundo corporativo, pra Gontijo é logisticamente inviável manter 2 empresas, e as 2 já são quase 1 só, as diferenças são muito poucas. E só um esclarecimento, o Grupo Gontijo só é dono 100% da São Geraldo, nas demais é apenas participação societária majoritária.
Agradeço a todos por terem lido, e até a próxima!!!

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